terça-feira, 31 de julho de 2012

Capítulo 09

Verônica estava paralisada na frente de Henry e seus amigos. Tinha feito aquilo mesmo? Roubou um beijo de Henry? Na frente de todos?
Droga! E Nick como fica?  Pensou.
Antes que pudesse pensar mais alguma coisa se surpreendeu com Henry chegando mais perto e pondo em suas costas uma mão. Pelo jeito o garoto havia se empolgado e iria retribuir o beijo. Mas Verônica virou o rosto.
- Espera, Henry! - Falou. - Vamos com calma!
- Mas porque? - Perguntou um amigo de Henry. - Estava tão legal.
Henry sorriu, não se contendo de felicidade.
- Você é um pervertido mesmo! Liga não, Verônica. Meus amigos são assim mesmo.
Verônica mais uma vez sorriu minimamente. Henry pensou ser de vergonha pelo comentário do amigo. E não queria mais sequer olhar para os amigos naquele momento. Apenas olhar para Verônica era seu desejo. Ver a garota também o mirando era incrível. Mordeu o lábio, sentindo vergonha, mas querendo mostrar a garota que estava afim de continuar a beijá-la.
- Verônica...
- Henry... - Interrompeu o garoto. - Então... Tenho de ir pra sala de aula. Depois a gente conversa, está bem?
- Está bem! - Henry respondeu com os olhos brilhando e um sorriso muito grande no rosto.
Verônica virou as costas ao garoto, Henry então a chamou mais uma vez.
- Verônica! Então quer dizer que estamos namorando?
A garota mexeu no cabelo e olhou para o lado um breve momento, e então tornou a olhar para Henry.
- Estamos! A menos que não queira. - Respondeu.
Henry ficou bobo novamente, e Verônica então voltou para sua sala de aula. Tentando ignorar os gritos, comentários, risos e piadas que os amigos de Henry faziam com ele, e mais ainda, tentando ignorar o que estava sentindo por dentro.

- O que é que há com você? - Perguntou Annie, sem fôlego, para Mallory. - Você é maluca?
- Maluca é você! - Respondeu Mallory. - O clube do baseado odeia que falem com eles, garota. E se alguém tivesse te ouvido falar sobre o baseado deles, com certeza você entraria numa fria por colocar os três numa enrascada.
- Meu Deus! Nessa escola só tem loucos! - Disse Annie um pouco assustada. - E quer dizer que preciso de senha pra falar com alguém aqui?
- Você precisa é ter cuidado com quem vai falar e o quê vai falar. - Avisou Mallory a garota. - Craig, Donnie e Lorraine formam o grupo mais temido da escola. Não falam com ninguém, a não ser que queiram colar em exames, ou queiram que entregue o dinheiro do lanche... Tipo isso.
- Nossa! - Annie arregalou os olhos. - Eles devem então arrumar muita confusão por aqui, não é?
- O fim do ano passado foi marcado por Craig arrancar um dente de um garoto com um soco.
Annie tapou a boca com a mão.
- E o garoto, quem é?
- Adolfo Melton. Mas ele quis sair do colégio depois disso.
- Caramba! Ainda bem que você me tirou de lá a tempo. Amo meus dentes. - Comentou. - Mas o que você estava fazendo lá?
- Queria falar com você. - Respondeu. - Cecily e eu queriámos que amanhã você se sentasse com a gente no intervalo. A menos que você não queira.
- Eu quero! - Disse Annie, animada. - Mas porque?
- Gostamos de você! Você parece ser da galera.
- Obrigada. - Riu Annie.
- Então está bem! Hora de ir pra aula. Até amanhã então!
- Mas estamos na mesma sala, Mallory!
- Estamos? - Perguntou Mallory, confusa. - Sei lá! Até o intervalo não tinha te notado.
- Estamos. - Respondeu Annie, puxando a garota. - Lembro de não ter assistido a aula por estar distraída olhando seus tênis de caveira. Vamos!
E as garotas foram para a sala de aula conversando sobre os assessórios punk de Mallory. E ao entrarem na sala, viram que o professor ainda não havia chegado. Isso porque muitos alunos estavam em pé, conversando com seus colegas. Mallory chamou Annie para sentar perto dela, e Annie rapidamente aceitou. Pegou suas coisas e foi mudar de lugar. Ao passar por alguns colegas, pisou no pé de uma garota.
- AI! - Falou bem alto. Todos da turma pararam para olhar a cena.
- Desculpa! - Disse Annie, olhando para a garota. Percebeu que havia pisado no pé de Lorraine, a garota com maior fama de briquenta da escola. Annie ficou um pouco apreensiva. Não sabia do que aquela garota era capaz. Também não sabia do que Mallory e Cecily eram capazes, mas pelo menos não havia visto as duas com baseado. - Não tive a intenção.
Lorraine olhou para a garota como se olha para um inseto.
- Novata, não é?
- Sou. - Respondeu Annie. - Porque?
- Por que você então vai ter o prazer de me pagar o lanche pelo resto da semana.
Annie a olhou intrigada.

Verônica ouviu durante o restante das aulas seus primos James e Lion fazerem brincadeiras sobre ela e Henry, depois de ter contado o que aconteceu a eles. E percebeu também que Cecily, a garota gótica, a olhou feio, pelo menos nas três vezes em que, movida por muito tédio, Verônica se obrigava a olhar para qualquer coisa na sala menos a explicação do professor. E então foi salva pelo fim do dia letivo. Mas não conseguiu fugir de Henry, que a esperava na saída. Ele disse que queria sair com ela. Então marcaram de se encontrar depois do jantar.
A noite, quando todos estavam terminando de comer a lasanha da Farrah, Verônica anunciou.
- Gente, avisando pra vocês que vou sair com o Henry.
Lion olhou para James e Ryan, sorrindo maliciosamente.
- Aposto que Verônica não chega antes das 10! - Falou baixo para os garotos.
- Está apostado! - Disse James. - 5 libras.
- Verônica! - Chamou Farrah. - Foco no agora, garota! O passado deixa pra o museu.
Verônica sorriu para a amiga.
- É irmã. - Disse Annie. - Seja feliz. Se permita amar novamente. Não dê espaço para os fantasmas do passado.
E beijou a bochecha da irmã, que retribuiu dando-lhe um abraço forte. Saindo então ao encontro de Henry.
Verônica estava dobrando a esquina da rua, quando viu a lua. Grande. Bela. Magnífica... E solitária naquele céu sem estrelas. Verônica não deixou de reparar em um pequeno prédio de aspecto abandonado, a umas cinco ruas, que ficava exatamente abaixo da lua.
A garota olhou um momento para a lua e para o pequeno prédio. Então a garota não pensou duas vezes, desviou seu caminho de encontro a Henry para aquele lugar.
Ao chegar no prédio, viu que ele estava abandonado, e muito sujo. Havia todo tipo de sujeira na entrada. Então foi até a lateral do prédio e viu a escada de emergência, e subiu até o topo.
A visão era muito bonita. Uma pequenina parte da cidade dava para ser vista do local. Mas nada era mais linda que a lua, que parecia estar maior. Verônica pegou seu MP3 e pôs alguma música para guardar aquele momento. Selecionou "Hideaway" de The Corrs. Nesse momento a garota sentiu o vento no rosto e fechou os olhos por um momento.
Parecia que estava sendo carregada para outro lugar. E então tornou a abrir os olhos, lentamente. O que viu em seguida parecia não ser real.
Verônica estava na pequena floresta em Surrey.
Não conseguiu olhar para lado algum, apenas se perguntou o que estava fazendo alí. No momento seguinte ouviu risos. Muitos risos.
Verônica conheceu os tais risos no ato. Viveu muito tempo tendo pesadelos com aqueles risos. Lembrou que nos seus pesadelos, ela os ouvia e por mais que procurasse saber de onde vinham nunca os encontrava. Mas aquilo era um pesadelo? Não podia! Ela estava a 5 minutos andando pela rua.
Começou a chorar de angústia. Mas não se mexia de modo algum. E passado um momento percebeu que atrás de uma árvore que estava a sua frente, uma pessoa a observava. Ela percebeu que era um garoto. E esse garoto ria de felicidade.
- Verônica! - Disse o garoto rindo.
Mas Verônica não o reconheceu, pois não dava para ver o seu rosto.
- Verônica! - Disse o garoto novamente, rindo. Desta vez ele saiu detrás da árvore e Verônica reconheceu as roupas. Eram as roupas que Nick estava vestindo no dia em que foi embora. Mas o garoto era alto. Não era mais um garotinho.
- Nick! - Chamou. - Nick! É você? É você, Nick? É você, meu amor?
O garoto então correu a seu encontro, sem responder a pergunta. Verônica se assustou. Não podia ser Nick, não daquele tamanho. Mas se não era ele... Quem seria? Não podia ser outra pessoa! E quando o garoto estava chegando perto dela, seus olhos se fecharam. Ao abrir, Verônica havia voltado ao lugar que estava.
Ela estava do mesmo jeito que estava quando fechou os olhos, mas trêmula.
No momento seguinte, chorou descontroladamente.
Será se nunca se libertaria desse passado? Será que Nick nunca a deixaria? E será que ela queria que ele a deixasse? Será que nunca deixaria os fantasmas do passado?
Verônica não suportou aquela angústia que a estava consumindo, e sentou no chão imundo pondo as mãos no rosto, ainda chorando.

Tema do episódio: "Hideaway" de The Corrs


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domingo, 15 de julho de 2012

Capítulo 08

Annie entrou na sala do diretor ainda sentindo uma louca vontade de agarrar Cecily pelos cabelos. Ela estava sendo segurada pelo braço. Cecily estava mais atrás com cara de ódio reprimido, ao lado de Mallory, que por sua vez estava com cara de "Minha Nossa!".
- Senhor Diretor... - Disse o homem que segurava Annie ao entrar na sala, mas viu que a sala estava vazia. - Onde está ele?
- E a gente é que sabe? - Disse Cecily.
- Não seja mal-educada, garota! - Ralhou o homem com Cecily. - Vou ter de procurá-lo. E vocês não tornem a brigam. Você de cabelo vermelho... Você olha elas aqui, não demoro!
E saiu, deixando-as. Annie olhou para as garotas, e viu que Cecily estava olhando-a com raiva, enquanto passava a mão no cabelo, que estava bagunçado por conta da briga.
- Olha... Admirava vocês por conta dos seus estilos - Começou a falar Annie. - Mas não sabia que vocês eram tão estúpidas. Não se fala com alguém daquela maneira.
- Ei! Eu não te fiz nada! - Disse Mallory.
- Desculpa! É que... Sei lá, estou com raiva do comportamento da sua amiga!
As garotas se calaram um momento. Depois Cecily disse.
- Ninguém nunca me enfrentou. Ou me bateu na escola.
- Verdade! - Disse Mallory com um sorriso. E se voltou para Annie. - Você foi a primeira!
Annie apenas olhou para as garotas.
- Acho que a gente intimida as pessoas, não é, Cecily? - Perguntou Mallory.
- É. - Respondeu Cecily. - Mas acho até bom. Porque não gosto de me socializar muito. Sou muito reservada.
- Mas agora você vai ser o comentário de muita gente na escola. - Disse Mallory. - Mais do que já é!
- E o que os outros falam de vocês? - Perguntou Annie.
- Dizem que somos estranhas, loucas, bruxas... - Informou Mallory.
- Mas somos únicas! - Disse Cecily. - Fazemos o que queremos, não estamos nos importando com os outros... Afinal, os outros são os outros.
- Legal! - Disse Annie.
As garotas olharam para Annie um instante.
- Você é bonita! E parece ter coragem pra fazer muita coisa! - Disse Mallory. - Mas não tem estilo!
- Como assim... - Perguntou Annie. - Não tenho estilo?
- Você é normal demais! - Explicou Cecily. - Você tem de encontrar um estilo em que você se encaixe.
- Você parece com as demais garotas da escola. - Disse Mallory. - Eu e Cecily temos nossos estilos. Olha, Cecily é gótica, por ser reservada. Eu sou punk por não aceitar todas as coisas da vida, por ser um pouco explosiva, mas não tão reservada. Você tem de encontrar um estilo.
- E aí andaria com vocês? - Perguntou Annie.
- Claro, adoraríamos! - Disse Mallory. - Você tem coragem. Tem personalidade. É decidida. Mas não gostamos de quem não tem um estilo. Você tem de mudar!
- Está bem! - Disse Annie.
E passaram mais um momento caladas. Annie olhava para o chão, e sorria. Mallory voltara-se para Cecily, que estava passando a mão pela bochecha.
- Belo tapa! - Admirou-se Cecily, falando para Annie, rindo. - Você quase acabou comigo!
As garotas sorriram. E apesar de o momento ser estranho, uma amizade nascia entre Annie e as "esquisitas" da escola.

Verônica voltou ainda um pouco abalada pelo que Henry havia lhe dito. Mas mesmo que quisesse começar algo, Nick não saía do seu pensamento. Parece que agora a imagem do garoto estava mais nítida em sua memória. E queria? Queria começar algo com Henry? A confusão em seu coração estava fazendo a garota sentir uma dor forte no peito. Ela lembrou dos momentos conjugados no passado mais que perfeito que viveu com Nick. Como deixar isso pra trás? Mas sabia que Henry podia fazer "sarar" as feridas que Nick havia deixado em seu coração. Afinal, Henry era uma boa pessoa, além de ser bonito. Mas como? Como poderia?
Verônica então chegou a mesa onde seus primos e Farrah estavam, com uma expressão confusa e amargurada, mas do que ela já era.
- O que aconteceu, Verônica? - Perguntou Farrah. - Você está bem?
- Não. - Respondeu. - Não estou!
- E o que foi? - Perguntou Ryan.
- Alguém te fez alguma coisa, prima? - Perguntou Lion.
- Conta! Vamos acabar com quem fez mal a você! - Disse James.
Verônica sentiu vergonha. Mas ela pensou que os primos estavam sendo tão gentis com ela e Annie, que era até grosseira ser tão misteriosa com eles.
- Henry me pediu em namoro! - Informou Verônica.
Todos ficaram de olhos arregalados. E depois de um tempo olharam uns para os outros e riram. Mesmo Verônica demonstrando não estar achando graça.
- Que bom, Verônica! - Disse Ryan, quando acabou de rir. - Henry é um cara muito legal. Posso te dizer isso, afinal, ele é meu amigo!
Verônica balançou a cabeça, confusa. Farrah entendeu que era o tal do Nick que não havia saído da cabeça da garota.
- Verônica... - Farrah começou a falar para a amiga, mas de um jeito que os garotos não entendesse tudo. - Acho que você deve dar uma chance ao amor! Você não tem de ficar assim, sozinha. Você é uma garota jovem, bonita, e legal e se acaso algo que aconteceu ainda te incomoda, está na hora de deixar no passado. Viva o presente. E esse presente se chama Henry.
Os garotos as observavam por um momento,calados, tentando entender o que Farrah havia dito. E então James rompeu o silêncio.
- Não entendi o que Farrah disse, Verônica. - Falou olhando para a amiga, e depois para a prima. - Mas vá atrás de Henry, ele parece ser legal!
- É, Verônica! - Disse Lion. - Nem que seja pra dizer pra ele te deixar em paz, ir procurar outra... Ou ficar na mão.
Verônica se intrigou com a frase de Lion, por não entender o seu real significado. James abafou um risinho. E Ryan e Farrah jogaram papeis amassados em Lion, rindo.
- Vocês estão certos! - Disse Verônica, se levantando. - Vou atrás de Henry.
E saiu.
- Mas você não disse o que vai fazer! - Gritou Lion, se levantando. - Vai ficar com ele ou não vai?
Verônica não ouviu.
- É, irmão. Agora é esperar e ver o que vai dar. - Disse Ryan.

Annie estava saindo da sala do diretor, já haviam conversado com ele, Mallory, Cecily e ela.
As garotas prometeram que não iam mais brigar na escola. Pediram até desculpas uma para as outras. Annie saiu pensando em como seria sua amizade com Mallory e Cecily, e se mudaria seu estilo.
Nisso ela estava na altura da quadra de esportes, pensando em tudo o que as garotas haviam lhe dito.
- Será se eu mudo de estilo? - Falou para si mesma. - E se mudar. Pra qual vai ser? Será se vão me chamar de esquisita? Mas quer saber? Não estou nem aí... Nunca dei a mínima para o que falam de mim?
E então um grupo de três estudantes passaram correndo por ela. Eles pareciam transgressores, a julgar pela aparência dos três. Não que eles aderissem a estilos que nem Mallory e Cecily, mas porque eles não estavam ajeitados, como os demais estudantes, na verdade estavam com o fardamento todo torto, amarrotado, um pouco amarelado em certos pontos e ainda estavam com suas mochilas, sujas e abertas.
Annie ouviu a única garota do trio, que era um pouco mais alta que ela, e de cabelos crespos loiros e sujos.
- Ainda bem que inventaram o canivete! - Disse rindo para os dois garotos que a acompanhavam. - Serve até para abrir fechaduras.
Os garotos riram com o comentário. E o garoto maior, de cabelos loiros escuros, e que parecia ser o líder do grupo, disse.
- É verdade, Lorraine! Mas o Donnie aqui... - Disse, ainda rindo, como se debochasse, apontando para o outro garoto da mesma altura, esse por sua vez, parecia ter descendência latina, a julgar de sua cor parda, e cabelos castanhos. - Disse pra termos cuidado. Senão vamos ser descobertos!
- Idiota! - Disse Lorraine. - Como se os outros não nos culpasse por todas as coisas que acontece aqui nesse manicômio, não é Craig?
O líder do trio concordou.
- Verdade! - Disse. - Dizem que tudo é culpa da gente!
- E o pior é que é verdade!  Disse o rapaz latino, Donnie.
E os três riram alto. Annie percebeu que os três eram desbocados. Tanto pelo tom que falavam, pelo jeito que andavam, e pelo jeito que sorriam.
Eles estavam a uma certa distância, quando a garota viu um saquinho pequeno. Com certeza eles deixaram cair. A garota pegou-o e falou um pouco alto.
- Ei! Você deixaram cair o seu... - E olhou um momento para o que havia no saquinho. E depois continuou, mas em tom normal. - Baseado!?!
Alguém tapou sua boca com violência e a carregou até um lugar em que ninguém pudesse vê-los. Annie não sabia quem era que a estava puxando. Depois viu que era Mallory.
- Fala baixo! Quer que alguém escute que Craig, Lorraine e Donnie entraram na escola com baseado? Eu não ia querer!
A garota falou num sussurro.

Verônica estava aflita, procurando Henry, no meio de tanta gente que ia e vinha, de um lado a outro. Ainda se perguntando se teria a coragem de deixar Nick para trás ou não.
Seu coração batia mais acelerado a cada passo, e alguns minutos depois, a garota ouviu a sineta tocar. Ela tinha de voltar a sala de aula.
Mais uma vez uma multidão passou por ela, apressada indo em direção às salas. Foi quando Verônica viu Henry, que estava com um grupo de amigos, mas apesar de todos estarem sorridentes, ele parecia triste. Verônica tentou passar pela multidão, tropeçando, esbarrando, correndo, até chegar ao garoto.
- HENRY! - Chamou. - HENRYYY!!!
E viu os amigos do garoto olharem para ela, e logo depois começaram a abafar risinhos.
- Henry, a gatinha quer falar com você! - Avisou um amigo dando um tapinha nas costas do garoto que tomou um susto ao se virar e ver Verônica.
- Henry... - Verônica disse, ofegante. - Preciso falar com você!
- S-Sim! - Henry parecia muito nervoso. - O q-que f-foi, Verônica?
- Tenho uma resposta a sua pedido!
Henry se arrepiou.
- E-E q-qual é?
Verônica semicerrou os lábios. Pensou em Nick mais uma vez. Tremeu um pouco. Teria coragem de fazer isso, deixá-lo para trás? Se sim ou se não ela não saberia. No momento seguinte, na frente dos amigos de Henry ela tomou uma atitude impulsiva, a primeira vez depois de muito tempo.
Ela o agarrou pelo colarinho e o beijou.
Os amigos de Henry olharam uns para os outros e riram, maliciosamente. Verônica ainda pôde ouvir um "Que cara de sorte! Esse nasceu virado pra Lua!"
Henry tremeu. Sentiu-se o cara mais feliz do mundo. Pôde até ouvir fogos de artificio em seu interior.
Verônica, após um momento, se afastou um pouco de Henry, ainda com as mãos em seu colarinho. Deu um sorriso mínimo.
- Isso responde sua pergunta? 


domingo, 8 de julho de 2012

Capítulo 07

- É... Henry tenho de entrar na sala de aula. - Disse Verônica.
- Ah,sei... Não quer perder a explicação do professor, não é? - Disse Henry olhando para a sala vazia e voltando-se para a garota em seguida.
- Olha, Henry...
- Olha você, Verônica! - Henry se encheu de coragem. - Naquele dia eu fiquei muito nervoso, mas depois de tanto tempo, eu estou mais seguro pra te falar uma coisa.
- O que?
- Desculpas pelo o que aconteceu. Eu sei que pode ter sido errado o que fiz, porque você tinha acabado de me contar todo o seu sofrimento por causa daquele garoto, mas não pude deixar de te beijar.
- Só não entendi por que você fez aquilo.
- Verônica, também não sei. Acho que era porque havia ficado comovido com sua história, e quis fazer você mais feliz.
Verônica o olhou com incredulidade.
- Como? Você queria me fazer mais feliz?
- É que... - Henry ficou um pouco nervoso. - É que você... Quero dizer... Eu... Eu achei que você precisava de alguém pra fazer sarar seu coração.
- E esse alguém que sararia meu coração seria você?
- Sim, seria eu.
- Certo. - Verônica começou a caminhar para sair dali. - Até mais, Henry.
- Não, por favor! - Disse Henry segurando o braço da garota. - Verônica, escuta!
- O que, Henry? Você acha que uma pessoa pode substituir outra?
Henry ficou calado. Verônica deu um passo para sair dali. Henry impediu ela de sair dali .
- Verônica, me escuta! - Falou apreensivo. - Nunca mais te beijarei, está bem?
Verônica olhou nos olhos do garoto. Henry se arrepiou.
- Verônica, não te beijarei mais! Mas, por favor. Não afaste-se de mim. Gostei muito de você. - O garoto se arrepiou novamente e pensou um pouco antes de dizer. - Gostei de sua amizade. Você é uma garota legal. Não te beijo mais, e você volta a falar comigo. Está bem? Por favor.
Verônica olhou para Henry um momento, pensativa.
- Não posso responder agora. Pode ser depois?
Henry olhou para a garota. Pensou na tortura que iria ser esperar pela resposta, mas concordou.
- Está bem! Então até mais, Henry. - Disse Verônica deixando o garoto para trás.
- Até mais. - Murmurou Henry, vendo a garota sair.
Ao se virar para sair dali, Henry esbarrou em alguém. Era uma daquelas garotas que Annie havia ficado admirada, essa estava com um estilo gótico, usando muitos acessórios pretos, tinha a pele pálida, e os cabelos cacheados negros, de pontas tingidas com um tom muito loiro. Estava acompanhada de sua amiga, que estava com um estilo punk, com muitos acessórios coloridos, e estava um pouquinho mais corada, com os cabelos vermelhos, raspados nas laterais e um franjão.
- Não olha pra onde anda? - Disse a garota gótica.
- Desculpa. - Disse Henry.
Quando a garota viu Henry, se calou na hora. Henry nem sequer a olhou. Saiu logo dali, e largou a rosa que pretendia dar a Verônica. E a garota ficou parecendo petrificada. A garota punk olhou Henry desaparecer e depois olhou para a amiga.
- Idiotas, nunca olham para onde andam! - Disse. Então recomeçou a caminhar, mas percebeu que a amiga estava no mesmo lugar, do mesmo jeito. - Cecily, você vem ou não?
Cecily pareceu "acordar".
- Acredita em momento de transe, Mallory? - Perguntou.
- Só em outros lugares, nessa escola tediosa não haveria condição de acontecer esse momento. - Respondeu, puxando Cecily pelo braço, que se desvencilhou e foi pegar a rosa que Henry havia deixado para trás. Só então as garotas sairam dali.

Passou quase uma hora e então as aulas começaram. Todos os alunos estavam em suas salas. Verônica sentou-se perto de James e Lion na aula, mas quase não se falaram. Embora James e Lion conversassem e rissem com muita frequência, Verônica não sentia a menor vontade de participar da conversa.
Quando chegou a hora do intervalo, Verônica, James e Lion se reuniram a Annie, Ryan e Farrah.
- E aí, gostaram das aulas? - Perguntou Ryan.
- Gostamos das novidades. - Respondeu Lion. - Sabia que o Ernest está namorando com a Misha?
- Aquela garota? - Admirou-se Farrah. - Meu Deus! Ela já ficou com metade da escola.
- Dessa escola. - Disse James, rindo. - Imaginem as outras.
- Quem é essa Misha? - Perguntou Annie, curiosa.
- Uma galinha lá da sala. - Respondeu James.
- Eu já fiquei com ela. - Informou Lion.
- Mas ela disse que o Lion salivava demais. - Riu James.
- Eca! Lion... - Disse Annie. Porém a garota se calou.
Cecily e Mallory passaram pelo grupo e Annie disse aos outros logo após.
- Achei essas garotas demais! Vou até lá falar com elas.
Verônica olhou para as garotas sem muita importância, depois olhou para Annie. Porém, Farrah disse.
- Annie, essas garotas são estranhas. Cuidado!
- O que elas podem fazer comigo, Farrah?
- Não sei... Só acho que...
Mas Annie não escutou o que Farrah achava ou não, tinha se levantado e ido falar com as garotas.
- Oi! Sou Annie Watson.
- E daí? - Perguntou Cecily.
Annie boquiabriu-se.
- E daí o que? - Respondeu. - Eu venho te cumprimentar e você me pergunta "E daí?"
- Desculpa, Annie... É Annie, não é? - Disse Mallory. - Então, desculpa, é que a Cecily é muito reservada.
- Reservada? - Perguntou Annie. - E reservada agora é sinônimo de bossal ou otária... Ah, esqueci de idiota também!
E então Annie lhes deu as costas, mostrando raiva da garota. Porém mal deu dois passos, Cecily avançou em Annie, puxando-lhe os cabelos.
Quando o resto dos estudantes perceberam que estava acontecendo uma briga, todos correram. Não separaram, ficaram gritando.
- Annie está sendo atacada! - Disse Lion.
Annie conseguiu se soltar de Cecily e lhe deu um tapa tão forte que a garota caiu no chão.
- EU TE MATO, SUA IMBECIL!
Annie subiu em cima da garota e as duas ficaram se estapeando por uns 5 minutos. Annie não se deixou intimidar por conta do estilo da garota. Puxou muito o cabelo de Cecily, e lhe deu tapas na cara.
Quando chegou um professor para separá-las, James disse.
- Separa não! A Annie está acabando com ela!
- Briga de mulher é muito legal! - Riu Lion.
- Vamos, valentonas! - Disse o homem. - Quero ver se explicarem à diretora.
E as levou. Mallory também foi com eles. E Verônica aí também, mas uma mão a puxou.
- Verônica! - Henry estava parecendo aflito. - Você já tem a resposta?
- Henry, minha irmã foi levada à diretoria no primeiro dia de aula... - Começou Verônica. - Você quer que eu te responda isso agora?
- Preciso, pra ser mais exato!
E puxou Verônica mais forte.

Quando chegaram na quadras de esporte, Henry olhou para Verônica, e respirou bem fundo.
- Verônica! Não consigo viver sem você!
- O que? - Verônica arregalou os olhos.
- Olha, te beijei... Te beijei porque estou apaixonado por você! E por favor, não ignore isso o que estou sentindo. Nunca fui tão sincero assim na minha vida! É sério.
Verônica ficou calada um momento.
- Henry... Olha... - Verônica tomou fôlego. - Não vou ignorar o que sente... Mas é que eu amo o Nick.
- EU SEI, OK? - Henry gritou, assustando a garota. Então deu as costas a ela um momento, depois olhou para ela, suplicante. - Mas fica comigo! Não peço pra esquecer o Nick... Mas você tem de se desligar um pouco disso, vai ser até bom pra você...
Henry então chegou mais perto de Verônica.
- Por favor, pensa nisso!
- Mas...
Henry pôs o dedo nos lábios de Verônica, calando-a.
- Pensa primeiro! Pensa sobre tudo! Pensa no que será melhor pra você... Voltar a viver... Ou fique na escuridão, a espera desse Nick pra acender a luz pra você.
Verônica ficou um pouco calada, apenas olhando para Henry.
- Mas e se o Nick... - Verônica começou a falar, mas Henry a calou de novo.
- Não estou pedindo pra você pensar em um futuro incerto... - Henry olhou bem fundo dos olhos da garota. - Estou pedindo pra você pensar no seu agora e em como será seu futuro.
Verônica ficou calada. Henry olhou ainda alguns momentos para a garota, e então saiu, deixando-a pensativa. Talvez Henry tivesse razão. Mesmo que Verônica desejasse que Nick voltasse, havia uma grande porcentagem desse desejo nunca se tornar real. 

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Capítulo 06

Henry sentiu vontade de eternizar aquele momento. De longe foi a sensação mais gostosa que um dia já experimentara. O gosto de Verônica era o mais doce possível. Foi o que o garoto pensou, tanto era que chegou a tremer um pouco. Mesmo assim a beijava loucamente, fervorosamente. Pôs uma mão nos cabelos da garota, mas dois segundos depois Verônica o empurrou. Henry olhou para a garota com cara de "O que foi isso? Foi um sonho?" e então recebeu um tapa em sua cara. Verônica o olhou com um misto de fúria e incredulidade.
- O QUE FOI ISSO? - Gritou a garota, começando a lacrimejar. - COMO VOCÊ PÔDE FAZER ISSO? EU CONFIEI EM VOCÊ? TE CONTEI MINHA HISTÓRIA COM NICK. VOCÊ TOMOU CONHECIMENTO DA MINHA TRISTEZA... E AGORA SE APROVEITA DE MIM?
- Verônica... Não foi isso... - Henry começou a justificar, ficando nervoso. - É que eu...
- É QUE VOCÊ É UM COMPLETO IDIOTA!
- Não. Deixe eu me explicar... - Henry chegou mais perto da garota, que se afastou.
- NÃO, VOCÊ NÃO PRECISA SE EXPLICAR. - Verônica passou a mão na boca, mostrando nojo do beijo. - VOCÊ SÓ PRECISA FICAR LONGE DE MIM.
- N-Não. Verônica, não. - Henry ofegou, e estendeu a mão a garota. - Deixe eu me explicar...
- NÃO. NUNCA MAIS FALE COMIGO, HENRY.
E saiu correndo dali, deixando Henry em um silêncio sufocante. O garoto sentou-se no banco mais próximo, ainda ofengante.
- Idiota. É isso o que você é Henry. Um idiota. - Falou para si mesmo. Então começou a bater o punho na sua coxa, com força, e depois deu tapas em sua própria face, mostrando-se indignado consigo. - Você estragou tudo, idiota!

Ryan, James, Lion e Farrah estavam na sala comentando alegremente um programa que assistiam.
- O cara é otário! - Comentou Lion. - Vai procurar namorada em programa de auditório.
- Existe gente pra tudo, meu caro. - Disse Ryan.
- Muitos vão nesses programas para obterem seus minutinhos de fama, se querem saber minha opinião - Disse James.
- Obrigado, pezão. Mas não queremos saber sua opinião. - Disse Lion para James, rindo.
James riu, e pegou logo em seguida uma almofada e jogou em Lion.
Ryan e Farrah riram junto com os garotos.
Verônica entrou apressada, fazendo todos a olharem com cara de assustados.
- O que foi que aconteceu, Verônica? - Perguntou Farrah, preocupada, assim que percebeu que a garota chegou chorando. - O Henry fez alguma coisa com você?
- O Henry? - Ryan olhou de uma garota a outra. - Mas o Henry não faz mal a uma mosca.
Farrah se aproximou de Verônica.
- Garota, fala! O que foi que aconteceu?
Verônica começou então a chorar silenciosamente. Farrah percebeu que a coisa era séria. Pegou na mão da garota e se voltou para os garotos.
- Desculpem! Mas isso é papo de mulher. Vamos para o quarto. Lá a gente conversa.
E a levou para seu quarto.

Annie estava lendo uma revista quando as garotas entraram. Olhou para a irmã, depois para Farrah.
- O que aconteceu?
Verônica correu e abraçou a irmã. Pareceu que ela nunca havia ficado chateada com Annie. Passado alguns segundos, Verônica, começou a chorar e quebrou o silêncio.
- Annie, o Henry me beijou.
Annie se boquiabriu. Farrah no entanto olhou para a garota intrigada.
- Mas o porquê do motivo do choro? O Henry é lindo. Ele é um dos caras mais cobiçados do colégio, e ele...
- E ELE NÃO É O NICK! - Gritou Verônica, voltando-se para Farrah.
- Nick? - Perguntou Farrah um pouco assustada. - Que Nick?
- O amor antigo e não superado de Verônica. - Respondeu Annie.
Farrah foi até a cama em que as garotas estavam sentadas e olhou para Verônica amigavelmente.
- Eu sabia!
- Sabia o quê? - Perguntou Verônica.
- Que você estava assim por causa de um garoto.
- Como? - Perguntou Annie.
- Também já gostei de um garoto, mas nos deixamos.
Verônica limpou uma lágrima e olhou para Farrah.
- Por que vocês se deixaram?
"Porque ele teve de mudar de cidade. E eu vim pra cá para não sofrer tanto pelo fim do nosso namoro. Confesso que nos primeiros dias achava que morreria. Até que o tempo passou, conheci outras pessoas, fiquei com outros caras, passei a pensar menos nele. Hoje lembro dele com saudade. Mas não me prendo ao passado. Quero viver, curtir a vida, fazer faculdade de Direito. A vida é tão bonita. Não podia sofrer a vida toda por causa de uma pessoa e esquecer de mim. E acho que você não devia fazer isso com você. Se for para o tal do Nick ficar com você, ele vai voltar pra você. O que é verdadeiro sempre volta pra gente. Não deixe as oportunidades passarem. "
Verônica sorriu para Farrah, mas ainda chorava.
- Vem cá! - Chamou-a então para um abraço. - Obrigada por tudo. Obrigada mesmo, Farrah.
- Eu disse a você que pode contar comigo, não foi? - Falou Farrah a garota. - Vou estar sempre aqui. Amigas são para isso.
Verônica chorou mais. E então contou às garotas como foi o encontro com Henry, contou a Farrah da sua história de amor com Nick, sobre o beijo, o que sentiu com tudo. A garota não conseguia acreditar que, havia conseguido uma amiga e que havia beijado um outro garoto, tudo isso depois de 8 anos que Nick se foi.

O dias se passaram, as férias estavam acabando. Era hora de voltar a escola. Só que, para Verônica e Annie era tudo novo.
Verônica, que já estava com um uniforme azul claro e de detalhes amarelos, se penteava quando Annie entrou no quarto e disse, animada.
- Vamos, Verônica! Hora de irmos para a escola.
Verônica olhou-se no espelho um instante, depois desceu as escadas onde sua irmã, seus primos, e sua amiga a esperavam, e então saíram.
Caminharam um pouco até a parada de ônibus. Esperaram alguns minutos e então partiram.
Ao chegar na nova escola, que para Annie superava todas as espectativas, Verônica sentiu um frio na barriga. Tudo era muito diferente do ela estava acostumada. Era muito grande, muito organizado, as pessoas estavam muito bonitas e arrumadas, muitos estavam no pátio, conversando sobre suas férias.
- É, Verônica, você vai ter de se socializar. - Disse Annie ao pé do ouvido para a irmã.
Verônica de fato era a menos alegre e arrumada criatura do lugar.
- Olha, Lion! O Anderson! - Apontou James para um rapaz que estava conversando com um grupo de colegas. - Vamos lá!
- Ihh, é mesmo. - Lion se voltou para os outros. - Galera, James e eu vamos conversar com um conhecido nosso. Até mais!
E saíram.
- E assim começam as primeiras interações do ano. - Comentou Farrah, em seguida olhando para Verônica e Annie. - É uma pena que não estudarei com uma de vocês.
Annie estava calada, observando umas garotas que acabavam de entrar na escola.
- Quem são elas? - Perguntou Annie, admirada com duas garotas, que apesar de estarem fardadas, tinham estilos diferente dos demais, seja por conta dos adereços (Uma com colar preto com pingentes de caveira, a outra com um maxi colar de crucifixo, ambas usando vários anéis nos dedos e pulseiras. Uma tinha as pulseiras pretas, a outra com muitas cores escuras. Usavam também ao invés de meias pequenas, meias arrastão rasgadas, uma usava as meias pretas, a outra usava uma meia de cor vermelha e a outra meia azul.)
- Mallory e Cecily. - Respondeu Ryan. - São conhecidas por toda escola por serem donas de estilos punk e gótico.
- As acho originais. - Disse Farrah. - Só que elas não são muito de falar com ninguém. Elas ficam na delas, sozinhas. Só vi uma vez elas com o Craig, o Donnie e a Lorraine.
- E esses quem são? - Annie ainda as olhava, admirada.
- São a trio barra pessada da escola. - Informou Ryan. - Sugiro que fique longe deles. Eles arrumam muita confusão aqui.
- E falando neles, será onde estão? - Perguntou Farrah, olhando para os lados. - Devem estar matando aula.
- No mínimo. - Disse Ryan.
- Ai, mas aquelas garotas... Adorei elas! - Disse Annie. - Corajosas. Isso é o que elas são por mostrar o seus estilos.
- É, não posso negar. - Disse Ryan. - E lembrando que Mallory vai estudar com você, e Cecily com Verônica.
- O que você achou Verônica? - Perguntou Annie, um pouco ansiosa com tudo, amizades, garotos, a nova escola.
- Achei que já devia estar na sala de aula. - Verônica não conseguiu esconder seu nervosismo por tudo o que a irmã estava ansiosa.
- Até mais, Verônica! - Disse Ryan. - Nos encontramos no intervalo.

Verônica estava a caminho da sua sala de aula. Passava por bancos que ficavam em frente de cada sala.
Ao se aproximar da sua sala, avistou alguém sentado no banco. A garota pulou de um susto. Era Henry.
- Verônica! - Falou. - Estava esperando você chegar... Temos de conversar.
A garota reparou que o garoto tinha uma rosa vermelha em sua mão.