domingo, 26 de agosto de 2012

Capítulo 12

Querido diário,
o ser humano é como uma cobra, que muda de pele, e futuramente muda de novo, e de novo, e de novo. Mas no nosso caso, não mudamos de pele, e sim de pensamentos, idéias.
Há muito tempo, conheci Nick, nos apaixonamos, vivemos uma história de amor... Mas nós tivemos de nos deixar.
Vivi, depois desse acontecimento, em profunda depressão. Não saía, não ia bem na escola, não falava muito com meus pais e meus amigos. Sofria muito por causa da partida de Nick.
Mas alguém apareceu na minha vida e, devagarzinho, fez com que eu saísse dessa escuridão.
Henry Colman.
Eu sei que ele nunca substituirá Nick, mas ele me faz bem. Eu sei que ele gosta de mim.
Nick é uma página muito importante da minha história, que eu quero virar.
Pode até ser que às vezes eu pense nele, que eu fique curiosa em saber como ele está, ou como estaríamos se estivéssemos juntos, pode ser que eu lembre de todos os nossos momentos juntos, me fazendo lembrar de tudo com grande nostalgia, mas a vida continua.
Vou tentar me adaptar a Henry, e mesmo que o meu coração não fique a ponto de sair da boca toda vez que estamos juntos, vou seguir em frente, mas tendo a certeza que vivi um grande amor... Inocente. Porém completo.
É... Amor não se baseia em longos amassos, mensagens de texto fofos (outros provocantes), e sexo, e sim amizade,  companheirismo, e etc.
É... Eu amei.

Verônica fechou o diário, e então olhou para sua janela, suspirando em seguida.
Sua vida passou em sua cabeça, como um filme. Verônica sorriu minimamente.
- Verônica! - A garota ouviu a voz de Farrah chamando-a. - O Henry está aqui! E ele quer falar com você.
- Estou indo! - Respondeu.
Verônica se levantou da cama e foi até o espelho. Penteou os cabelos e mirou-se um momento, mas sem aquela expressão depressiva no rosto. E então saiu do quarto.

Henry estava sentado no sofá, conversando com Ryan. James estava lavando a louça, Farrah estava secando e Lion estava tomando algo que parecia ser um comprimido.
- Estranho o Lion não ter se curado dessa gripe. - Comentou Henry. - Já faz uma semana que ele está assim.
- É verdade! - Disse James. - Já estou cansado de lavar louças. Esse idiota nem ajuda.
- Vocês acham que é fácil pra mim? - Perguntou Lion. - Nem posso tomar sorvete.
- Você só não toma sorvete porque eu sempre estou te lembrando que está gripado. - Disse Farrah.
- E ter de tomar aquela sopa de verduras da Verônica e da Annie está sendo uma tortura. - Informou Lion. - Odeio verduras!
- Verdade! - Disse James. - A sopa da Verônica até vai, mas a da Annie...
- Falando da Annie, onde está ela? - Perguntou Verônica chegando na sala.
- Ela está com as novas amigas. - Informou Ryan.
- As estranhas? - Perguntou James.
- Se a Annie ouvir você falar assim das amigas dela... - Avisou Farrah.
- Vai ver elas são legais. - Disse Henry. - A Annie é legal.
- As garotas punk e gótica ganharam um advogado. - Disse Ryan.
- Não é isso. - Disse Henry. - É que aprendi a não julgar livros pelas capas.
- Viu, meninos? - Farrah se dirigiu aos garotos, e apontou a Henry. - Vocês podiam se espelhar no Henry, e se tornarem homens de verdade.
- E quem disse que não somos "homens de verdade"? - Perguntou Lion com uma voz um pouco rouca.
- Homem é muito mais do que ter algo debaixo das calças. - Disse Farrah.
Henry vendo que ia começar uma discussão, achou melhor chamar Verônica e sair dalí.
- Então... Não precisam fazer almoço para Verônica, está bem? - Informou Henry. - Vamos aproveitar esse sábado e almoçar fora. Voltamos a tardinha.
- Está bem! - Disse Ryan para Verônica e Henry. - Até mais!
Então eles saíram. Verônica puxou Henry, quando estavam na calçada de casa.
- Faltou só uma coisa, Henry!
- E o que foi?
Verônica o beijou.
- Isso! - Disse, sorrindo para o garoto. - Agora podemos ir.
Henry apenas sorriu para a garota e saíram dalí.
No fim da tarde, Verônica e Henry estavam caminhando por uma praça, conversando sobre uma feirinha do colégio que ia começar no próximo mês.
- A galera da cidade gostam demais de feirinhas escolares, - Informou Henry. - porque é um bom lugar para comprar bebida pela metade do preço. Além de o diretor da nossa escola permitir que os alunos façam uma festa no último dia de feira.
- Gostei de ter ficado no stand de artes. - Disse Verônica.
- É bem legal mesmo. O ruim é que fica longe do stand de matemática. - Falou Henry, fazendo biquinho.
Verônica sorriu.
- Mas então, não haverá grandes emoções?
- Basta você querer. - Disse Henry, piscando para a garota.

Os dias se passaram. Henry estava conseguindo arrancar sorrisos de Verônica cada vez mais. A garota não pensou mais em Nick, ou pelo menos não conscientemente.
Verônica era vista pelos primos, por Annie e Farrah um pouco mais sorridente.
Tudo parecia estar melhorando na vida da garota.
O dia da feirinha escolar havia chegado. A escola, que estava muito bem decorada, estava recebendo a visita de muitas pessoas que não eram alunos da instituição.
Verônica, Annie e Farrah estavam caminhando por entre os stands, conversando alegremente.
- Como tem gente aqui! - Comentou Farrah, admirada. - Ainda bem que estudei tudo o que falarei no stand de Ciências Biológicas pra não passar vergonha.
- Pelo menos você não dividirá o stand com Craig, Lorraine e Donnie, os três idiotas da escola. - Disse Annie, passando em seguida um papel a Verônica. - Guarda isso aí com você, na sua bolsa. É o que eu vou falar no stand.
Henry passou pelas garotas ligeiramente e deu um beijinho na bochecha de Verônica.
- Oi, garotas! - Henry cumprimentou Annie e Farrah.
- Oi, Henry! - Cumprimentou-o as duas ao mesmo tempo.
Verônica olhou para a irmã e a amiga. Farrah não se conteve.
- Como estão vocês dois?
- Está tudo bem! - Respondeu Verônica. - Henry foi um garoto maravilhoso que apareceu na minha vida. A cada dia que passa penso menos no Nick. Eu sei que ele tem uma grande importância pra mim, mas... Mas estou quase superando tudo.
- Como assim quase? - Perguntou Farrah.
- Não sei... Eu acho que sempre vou sentir saudade do Nick, mas ele não vai voltar mesmo... Sei lá... Eu acho que sempre vou gostar dele, por causa do amor que vivemos, mas estou empenhada a seguir em frente, não me prender mais ao passado.
- E se ele voltar? - Perguntou Annie.
Verônica ficou um momento sem responder, olhando para a irmã e para a amiga, sem expressão.
- Ele não vai voltar. - Respondeu. - Nunca apareceu esses anos todos... Por que voltaria agora? Estou tão feliz com Henry.
Mas Verônica, depois de muito tempo sem se perguntar o que aconteceria se reencontrasse Nick, pensou um pouco, e a verdade é que não sabia o que de fato faria.
- O Nick não vai voltar! - Falou mais uma vez as garotas.
- E se voltar... Está tudo superado mesmo. - Disse Henry, que havia chegado para junto das garotas. - Não é?
Annie olhou para Farrah.
- Vamos, Farrah! Vamos procurar os garotos e deixá-los namorar.
- Está bem! - Disse Farrah, sorrindo. - Tchau, Verônica! Tchau, Henry!
E saíram.
- Você não tinha ido para seu stand? - Perguntou Verônica.
- Tinha. - Respondeu Henry. - Mas esqueci de dar um beijo na minha namorada. Você viu ela?
Verônica riu.
- Como ela é? - Disse a garota, fingindo seriedade. - Posso te ajudar a procurá-la. Se você quiser, claro!
- Encontrei! - Disse Henry olhando para a garota. - Ela é a garota mais perfeita desse lugar.
Verônica olhou para o garoto, sorrindo.
- Receio não poder encontrá-la. Não sei onde posso encontrar uma garota perfeita.
- Eu sei onde encontrar a garota perfeita pra mim. - Disse o garoto, olhando-a nos olhos. - Ela está parada na minha frente.
Verônica o beijou.
O Nick definitivamente não pode voltar. Eu não saberia o que fazer. Quem escolher. Pensou.
Verônica largou do garoto. Havia lembrado que Annie lhe deu sua fala.
- Henry, desculpa, mas agora tenho de procurar a Annie. - Disse Verônica. - Ela esqueceu o papel da fala dela, aí você já sabe, não é?
- Está bem! Eu te amo. Não esquece isso. - Disse Henry, dando as costas e voltando ao seu stand.
Verônica saiu apressada, abrindo a bolsa, passando por um mar de gente.
E foi aí que tudo aconteceu.
Um garoto, que passou apressadamente por Verônica, esbarrou nela.
- Desculpa! - Disse Verônica. Mas não houve resposta, e ela também não se importou, pois continuava com os olhos na bolsa, a procura do papel de Annie.
Verônica percebeu que uma garota vinha correndo em sua direção e, ao passar por Verônica, parou abruptamente e gritou:
- Nicholas McGroff, volta aqui agora!
Verônica parou no ato o que estava fazendo. Pensou se tinha ouvido aquele nome mesmo. Mas ela sabia que seus ouvidos não a haviam enganado.
Seu coração disparou. Suas mãos suaram. Ela esqueceu o que ia fazer. A bolsa que estava segurando caiu. Havia, naquele momento, perdido noção de tempo e espaço. A simples menção daquele nome vinda da boca de uma estranha fez com que tudo o que havia ao seu redor sumir. Verônica ficou ofegante. Suas vida passou rapidamente como um filme na sua cabeça.

Garoto novo na vizinhança. Ele olhou para minha janela. Nossos olhares se cruzaram. Sonhei com ele a noite toda. Nos tornamos amigos. Nicholas McGroff. Brincamos na floresta. Pensei nele antes de dormir. Sonhei com ele, novamente. Caí na floresta. O senti trêmulo. Ele me beijou. Ele me pediu em namoro. Ele me abraçou. Passamos mais tempo juntos. Risos. Abraços. Felicidade. Roda gigante. Senti sua mão suada de nervosismo sobre a minha. Sonhei com ele. Nick. Ele disse que iria me deixar. Lágrimas. Pesadelo. Ele entrando no carro. Ele me olhando através da minha janela. Eu correndo com toda a minha vontade. Carro dobrando a esquina. Dor. Lágrimas. Depressão. Pesadelos. Vontade de morrer. Lembranças. Lágrimas. Nick. Tristeza. Incapacidade de ser completamente feliz. Nick.

Verônica, mesmo com todos os sentimentos que estava sentindo, decidiu se virar. Tinha de saber se era ou não Nick. O seu Nick.
A garota virou-se, bem devagar, e viu uma garota de costas, um pouco mais a sua frente. Era a garota que havia gritado. E mais a frente viu um garoto, também de costas. 
O garoto, alto, branco, de cabelos negros e trajava uma jaqueta preta, fechou os punhos. E virou-se para olhar a garota que havia lhe gritado.
O coração de Verônica bateu mais violentamente.
Não havia como negar. Aqueles olhos inconfundivelmente azuis eram do garoto que, por culpa do destino, abandonou-a.
Era ele. O garoto que a fez descobrir o sentimento mais lindo possível. O garoto que, por anos, habitou os seus sonhos e pesadelos. O grande amor de Verônica. O garoto que estava parado a sua frente. 
Era Nicholas McGroff.


    

    



  

Tema do episódio: Photograph de "Nickelback".

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domingo, 12 de agosto de 2012

Capítulo 11

Henry estava em estado de choque. Verônica estava o observando, e então abraçou o garoto. Henry permaneceu sem entender absolutamente nada.
Verônica está agarrada em mim mesmo... Ou é um sonho? Pensou.
- Diz alguma coisa. - Disse Verônica, ainda abraçada ao garoto.
- Você me chamou de "meu amor"? - Perguntou Henry.
A garota se soltou de Henry, e o olhou nos olhos.
- Me desculpa...
Henry puxou-a para mais um beijo.
Que sensação! Foi melhor que a vez em que roubou um beijo da garota. É que o fato de Verônica o chamar de "meu amor" mudava completamente as coisas. Enquanto beijava Verônica, Henry a envolvia em seus braços, e pôde sentir que a garota estava o retribuindo com um grande abraço.
Henry se sentiu o cara mais sortudo do mundo.

Annie e Farrah estavam sentadas em um banco, conversando.
- Verônica é louca! - Disse Farrah. - Se o Henry estivesse afim de mim... Nunca eu iria deixá-lo escapar. Ele é tão...
- Lindo! - Annie riu. - É, eu sei... Todos só falam da fama dele.
- Se fosse só isso! Ele é inteligente, legal, etc.
- Perfeito demais... Será se ele não tem algum defeitinho?
Farrah deu de ombros. Annie a cutucou e apontou para trás. Verônica estava chegando até elas.
- E aí, nos conte que história é essa de fazer o Henry esperar? - Perguntou Farrah.
- Meninas, tenho de contar uma coisa a vocês. - Disse Verônica.
- Boa ou ruim? - Perguntou Annie.
- Não sei!
- Ihhh... Sobre o Henry? - Começou Farrah. Verônica afirmou. - Então conta desde o início. Por que você o deixou esperando ontem a noite?
Verônica contou tudo.
- Verônica! Você é louca? - Admirou-se Annie. - Podia ter acontecido algo a você. Andando por aí sozinha... Francamente.
- Verdade. - Disse Farrah.
- Mas agora a pouco nos acertamos.
Annie e Farrah ficaram a olhando admiradas.
- Eu pedi desculpas, e...
- E...? - Perguntou Annie.
- E confesso que fiquei confusa com relação aos meus sentimentos.
- Hãã? - Perguntou Farrah com um sorriso. - Quer dizer, você ficou...
- Senti algo que não sentia a muito tempo... Sei lá, uma paz de estar em seus braços e ao mesmo tempo uma euforia por sentir o gosto do seu beijo.
- Verônica... - Annie sorriu para a irmã, e a abraçou. - Você está gostando dele.
- Mas eu amo o Nick.
- Mas o Henry está mexendo com você, amiga.
Verônica abriu a boca pra falar algo, mas a sineta tocou.
- Vamos! - Disse Annie, feliz, como se ela é que estivesse amando. - Hora da aula.
Verônica ficou mais um tempo no mesmo lugar.
Será? Pensou.

Quando a sineta do intervalo tocou, Annie foi saindo da sala, acompanhada de Mallory. As garotas estavam conversando sobre as aulas francês, quando Lorraine agarrou o braço de Annie, fazendo-a parar.
- Ei, novata! Não está se esquecendo de nada não?
- Não. O que seria?
- O dinheiro do lanche que você vai me dar.
Mallory olhava de uma garota a outra. Annie arregalou os olhos.
- Querida... Não tenho dinheiro!
- Eu avisei que queria o dinheiro da semana toda, não avisei.
- Avisou, mas...
Mallory interrompeu a amiga.
- Olha, eu dou o dinheiro dela, está bem? - E tirou dinheiro de seu bolso. - Olha aqui. Pega!
- Não seja tão egoísta, Mallory, eu vi mais dinheiro no seu bolso. - E pôs a mão no bolso da garota sem a menor cerimônia. Tirou mais 10 libras. - Hummm... É assim que eu gosto! Até amanhã, garotas.
Mallory passou a mão pelos cabelos. Annie olhava Lorraine saindo dali, com um ódio estampado na cara.
- Essa Lorraine é uma otária! - Disse, voltando-se para a amiga. - Não era pra você entregar.
- Não tem nada! Tenho muito mais. - Disse Mallory, um pouco triste. - Eu não sei porque o Craig ainda anda na companhia dessa garota.
- Deve ser um otário. Igual a Lorraine e aquele Donnie.
- Eles são perigosos. Não se meta com eles.
- Não vou aguentar isso muito tempo, Mallory.
Então as garotas rumaram para o refeitório, quando iam chegando, Henry chamou Annie.
- Oi!?! - Disse Annie, sem entender.
- Oi. - Disse Henry. - Queria falar com você um momento... É sobre Verônica.
- Ah... Está bem. - E voltou-se a Mallory. - Nos vemos depois, está bem?
- Ok! Eu vou procurar pela Cecily. - Disse Mallory, saindo.
- Pode falar, Henry. - Disse Annie, voltando-se ao garoto.
- Annie, queria que você me ajudasse... Queria que me contasse mais sobre o que a Verônica gosta... É que eu sei que ela é uma garota que está se recuperando de uma grande ferida, eu sei, ela é um pouco triste, e acho que se ela não se fechasse no mundinho dela, essa tal ferida poderia cicatrizar.
- Olha, Henry... - Disse Annie, começando a ficar feliz. - A Verônica desde pequena adora parques de diversão, passeios em locais onde há muito verde, hummm... Ela também adorava milk shake de frutas vermelhas. E, sei lá...
Henry sorriu.
- Não precisa me dizer mais nada, era só isso que eu queria saber...
E acenou para a garota, dando meia volta. Mas a curiosidade de Annie mais uma vez foi maior.
- O que você vai fazer, Henry?
- Eu vou fazer Verônica a garota mais feliz do mundo! - Anunciou, saindo em seguida.
Annie sorriu, e em seguida saiu a procura de Mallory e Cecily.

Verônica estava descendo para jantar com os garotos, Annie e Farrah. Antes chegar na cozinha ouviu alguém tossir forte.
- Quem aqui está desse jeito? - Perguntou ao chegar à cozinha.
- Lion. O otário está assim porque tomou seu banho do mês. - Anunciou James.
- Mas banho não deixa ninguém assim. - Admirou-se Verônica.
- Mas quando se toma uma rajada de água e não troca de roupa acontece isso. - Disse Ryan.
- O Lion estava voltando da casa de um amigo, quando os filhinhos do vizinho aí da frente jogaram água nele com a torneira. - Informou James.
- Eu... COF... Ainda pegou aqueles... COOOF... - Disse Lion.
- Melhor não falar o que vai fazer, Lion. - Disse Farrah.
Verônica foi se sentando junto aos outros.
- Oi, Ryan! Oi, pessoal! - Uma voz que Verônica conhecia os cumprimentou. A garota olhou para o lado. Henry estava parado na entrada da cozinha.
Todos o cumprimentaram.
- E aí, Henry, vamos jantar?
- Obrigado, Ryan... Mas vou jantar fora com Verônica.
Verônica olhou para o garoto, depois para Annie e Farrah, depois voltou-se novamente para Henry.
- Vamos?
- Vamos sim, Verônica!
- Mas... Henry... Não me arrumei para sair.
- Você é linda de qualquer jeito.
Verônica ouviu Annie e Farrah suspirarem.
- Henry...
O garoto foi até Verônica e a puxou. Olhou para os outros e disse.
- Trago ela antes das 10, prometo.
E saíram.
Henry chamou um taxi e saíram. Verônica olhou para Henry e sentiu um calor que não estava relacionado ao fato de estarem no verão. Henry a olhou e sorriu meigamente. A cidade ia passando por eles e Verônica a admirou como não admirou na sua chegada.
Henry chegou mais perto. Verônica pôde sentir a respiração do namorado em sua nuca, e então virou-se. Olhou nos olhos dele, pensou que se perderia naqueles olhos.
Estou me apaixonando por Henry?  Pensou.  Que sensação é essa? Se o meu coração é de Nick... Como posso estar me sentindo desse jeito ao lado de um garoto que não seja Nicholas McGroff?
Quando a garota "voltou a terra", Henry estava abrindo a porta do carro para a garota.
Verônica saiu e viu que estavam na entrada de um parque de diversões.
Olhou admirada para tudo. Haviam passado muitos anos desde a última vez que a garota havia estado em um parque.
- Quis te trazer aqui porque soube que tinha um parque do outro lado da cidade, e me ocorreu que gostasse, sabe. - Henry puxou a garota.
- Adoro parques! - Informou a garota.
- Vamos, então?
A garota sorriu, e os dois foram até a roda gigante. O brinquedo lhe trouxe tantas recordações. Mas, pela primeira vez, lutou para esquecê-las.
Ao subirem na roda gigante, quando estavam lá no alto, Verônica sentiu uma mão sobre a sua.
A garota se arrepiou, lembrando daquela vez em que Nick pôs a mão sobre a sua. Mas dessa vez a garota não tirou sua mão depressa. Voltou-se para Henry, e sorriu para o garoto.
Henry retribuiu o sorriso.
Começou a tocar no parque a música Dancing in the moonlight de "Toploader".
Verônica passou a mão na face de Henry.
- Acho que estou me apaixonando por você, Henry!
Henry olhou para a namorada, incrédulo.
"Você sabe que sempre fui de Nick, mas... Agora sei que... Fiquei pensando... E se ele realmente não voltar? Eu amei ele, sempre ele fará parte de minha vida, mas não vou viver a vida me guardando pra alguém que talvez nunca mais eu veja.  Quero acordar deste sono. Preciso disto. Quero um pouco de realidade. E no momento... No momento você é minha realidade. Nunca pensei que ia falar algo do tipo, mas... Quero que você fique por perto! Você é a carta de alforria do meu passado."
Henry conseguiu apenas sorrir para a amada, tamanha emoção que sentiu naquele momento. Seus olhos brilharam de felicidade.
Verônica então,o beijou. Como não fez com Nick há 9 anos atrás.
Ela se sentiu bem com aquilo. Sabia que algo estava faltando para ser completamente feliz. Mas pensou:
Não estragarei esse momento. Todos buscam alcançar a perfeita felicidade. Vai ver eu sou feliz, e nem sei.

Tema do episódio: Dancing in the moonlight de "Toploader".



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domingo, 5 de agosto de 2012

Capítulo 10

Henry estava caminhando por uma pracinha, solitário. Já passava das 10 horas, e o garoto estava parecendo super chateado. Como Verônica pôde ter dado um bolo nele? Não estava acreditando naquilo.
Porque? Era o único pensamento que lhe ocorria.
Mas mesmo que gostasse muito de Verônica aquilo não passaria batido.

Ás 11:30 Verônica chegou em casa. Ryan, James e Lion estavam na sala assistindo um programa e a viram passar, mas ela não falou com eles. Tentou disfarçar que havia chorado.
- Queridos irmãos! - Falou Lion enquanto Verônica subia as escadas. - Estou 10 libras mais ricos. Disse que ela não chegava antes das 10, não disse? Podem passar o dinheiro da aposta, então.
- Idiota. - Disse James, quando ele e Ryan entregavam o dinheiro a Lion.

No quarto, Annie e Farrah dormiam, e Verônica olhava o céu de sua janela, enquanto pensava.
Deus! Henry estava me esperando! Ele deve estar furioso comigo.
Agora o jeito era esperar até amanhã para ver no que daria. Então pegou seu diário e contou tudo o que havia acontecido naquela noite: Sobre a visão, seu coração mais uma vez gritando por Nick, e no que falaria para Henry no dia seguinte.

Henry estava passando por uma rua, quando ouviu uma música vinda de um barzinho. O garoto então pensou: Se Verônica estragou a sua noite podia ao menos beber algo.
Então foi para o tal barzinho. Na entrada, avistou Craig, Lorraine, Donnie e mais 4 jovens que não conhecia fumando algo. Henry passou direto e entrou no lugar.
Mallory e Cecily o avistaram. A garota gótica deixou a bebida que estava tomando derramar. Mallory, então, olhou para a amiga, e disse:
- O cara é comprometido. Cuidado!
Cecily olhou para a amiga, séria.
- Soube disso! Mas não me importo, se quer saber.
- Não se importa? - Mallory riu, desdenhando. - E quanto as outras namoradas que ele já teve? Sempre você disse que não se importava, mas era eu que enxugava as suas lágrimas no fim.
- Você tem de me lembrar toda vez?
- Só estou falando isso porque você é minha amiga! - Mallory pôs a mão no ombro da amiga, depois apontou para Henry. - E a namorada dele é irmã da nossa mais nova amiga, a Annie. 
- Eu sei, ok? - Disse Cecily, tirando a mão da amiga do seu ombro. - E quer saber? Vai ser até bom ser amiga da Annie. Assim vou ficar a par de tudo sobre o Henry e a... Sei lá o nome daquela moribunda que o Henry está namorando.
- Cecily, Não é legal ficar com caras comprometidos. - Disse Mallory, séria.
- É mesmo, Mallory? - Respondeu Cecily com raiva para a amiga. - Pois então não fique com caras comprometidos.
- Quem é que vai ficar com caras comprometidos? - Perguntou uma voz de garoto. As garotas se viraram para ver quem era. Era Craig, que estava acompanhado por Lorraine e Donnie.
- Ah... Oi, primo! - Cumprimentou Mallory. - Já acabou de tragar?
- Já... E foi maravilhoso. - Informou Donnie. - Estou vendo estrelas até agora.
- E então... Quem é a danadinha que vai ficar com caras comprometidos? - Perguntou Craig, mais uma vez a prima, Mallory.
Lorraine percebeu que Cecily não tirava os olhos de Henry e antes que Mallory pudesse responder, ela o fez, rindo doentiamente.
- Cecily. Que parece estar a-pai-xo-na-da... - Anunciou teatralmente. - Pelo loiro bonitão e solitário que está tomando um Bacardi 151 lá no balcão.
- Porque você não vai lá falar com ele, garota? - Perguntou Donnie, maliciosamente.
- Por que eu não quero! - Respondeu Cecily, com grosseria.
- Mas que garota tímida! - Falou Craig, fazendo um biquinho. - Não gosto disso!
- Eu também não! - Disse Donnie, segurando no braço da garota. - Vamos, Cecily. Vai falar com seu grande amor.
- Nããão! - Cecily exclamou.
- Ah, não, Cecily, por favor! - Disse Lorraine começando a rir, e começou a ajudar Donnie a puxar o braço da garota gótica. - Não seja tão tímida!
- Afinal de contas ele é seu amor! - Donnie falou, também começando a rir.
Cecily ficou com raiva do trio, e começou a tremer com a idéia de ir falar com Henry.
- Me larguem, por favor! Me larguem! - Começou a falar alto.
Mas Lorraine e Donnie já haviam conseguido levantá-la da cadeira, e a puxavam.
- Por favor! Não, por favor! - Cecily começou a ficar realmente assustada.
Craig se juntou aos amigos e os 3 a empurraram com força. A garota bateu o lado com força em alguém, rodopiou e escorregou na bebida que a pessoa havia derramado, caindo em seguida.
Todos do local olharam a garota caída no chão. Alguns riam alto, outros a olhavam com pena.
Craig, Lorraine, e Donnie riram alto.
Cecily ainda caída no chão levantou a cabeça, e viu Henry, sentado no balcão, a olhando com muita pena.
A garota desejou que tivesse batido a cabeça com força em uma mesa. Queria morrer. Tamanha vergonha que estava sentindo de todos a olharem daquela forma, mas principalmente de Henry estar ali também.
Uma lágrima caiu, fazendo borrar sua maquiagem. Mallory correu a ajudar a amiga.
- Ah, Cecily. Vem! Deixa eu te ajudar! - Disse quando se abaixou ligeiramente. Mas a garota se desvencilhou da amiga.
- Me deixa, Mallory! - Disse saindo correndo dalí.
Mallory lançou um olhar de censura ao primo e seus amigos.
- Idiotas! Como vocês pôdem fazer isso com a coitada?
- Coitada mesmo! - Riu-se Donnie.
- Sempre soube que essa sua amiguinha era uma otária. - Disse Lorraine, rindo também.
Mallory ia responder a garota, mas seu celular tocou na hora e ela atendeu.
- Você conseguiu achar o bar? - Riu para a pessoa. - Está bem! Estou saindo... Está bem! Aí fora a gente se fala... Tio!
- Quem da nossa família está aí fora, Mallory? - Perguntou Craig, curioso.
- O tio... O tio Alan.
- Ah... O tio Alan! Sei... - Disse Craig, um pouco intrigado. - Manda um abração pra ele.
- Pode deixar! - Disse Mallory, lançando-lhe um olhar significativo.
O primo apenas balançou a cabeça. Poucos instantes depois saiu com Lorraine e Donnie dalí.

No dia seguinte, Verônica parecia super estranha, e quando chegaram na escola foi que a garota ficou ainda mais esquisita, Annie não se conteve.
- Verônica, o que foi que aconteceu? - Perguntou.
- Nada. - Mentiu.
- Como se não te conhecesse. - Disse Annie. - Pode ir falando o que foi que aconteceu.
- E o seu encontro com o Henry? - Perguntou Farrah, curiosa. - Você ainda não disse nada.
- Não teve encontro. - Verônica confessou.
- O QUE? - Exclamaram juntas.
- Ah... Depois eu explico! - Disse Verônica começando a sair à procurar Henry.
A garota procurou em todos os lugares possíveis, e ao chegar na sala de música viu o garoto sentado em frente ao piano. Entrou devagar, e ao chegar próximo a ele, o chamou.
- Henry!
O garoto se virou para Verônica. Ele a olhou muito chateado, e foi se levantando para sair. Verônica o agarrou pelo braço e ele se virou para ela. Suas faces ficaram bem próximas. Henry a olhou com desejo, mas ficou em silêncio.
- Me escuta, por favor! Eu posso explicar!
- Explicar o que? - Henry se desvencilhou. - Você me deu um bolo. Você sabe que sou completamente louco por você. Você brincou comigo. Assim como está fazendo agora!
Verônica olhou para o chão, envergonhada. Henry então continuou.
- Como você faz isso com os outros? Como você faz isso comigo? Ninguém brinca assim com os sentimentos dos outros, menina.
- Eu sei, mas... - Verônica tentou se justificar. - Mas eu posso te explicar...
- Como se não soubesse o porquê disso... É o idiota do Nick, não é? - Henry falou em tom alterado. - É ele que sempre está entre nós, não é?
- Não fala dele assim... Ele não teve culpa disso!
- Ah, sem essa, Verônica! Olha o que eu, o cara que ainda está aqui por você iria te dar ontem à noite.
O garoto tirou um delicado colar de ouro com um pingente de coração e mostrou a garota.
- Ah... Henry... Desculpa... - Gaguejou.
"Olha, Verônica, nunca tinha dito isso a nenhuma garota com quem já namorei, mas você é a pessoa com quem mais me importo no mundo. Estar com você me faz sentir coisas que não sei explicar. Quando você me vem ao pensamento eu riu, me emociono, fico trêmulo, sinto a necessidade de estar perto de você... Sempre."
Verônica lembrou do momento que Nick lhe pediu em namoro na floresta, em Surrey. Henry falou exatamente tudo o que havia dito a Nick.
Com isso ficou um pouco nervosa. Henry também ficou ruborizado com a declaração.
- Desculpa por não poder corresponder às suas expectativas, Verônica. - E foi saindo da sala de música.
Mais uma vez Verônica agiu por impulso e agarrou o braço do garoto e lhe deu um grande beijo.
- Desculpa, Henry... - Verônica suspirou quando se separaram, já Henry parecia atordoado com o beijo. - Desculpa, meu amor!
Verônica pôde ver um brilho intenso nos olhos de Henry.
A primeira vez a garota admitiu a si mesma que estava dividida.  v